

4 Técnicas de Recuperação da Degradação do Meio Ambiente
Uma prática muito importante, porém, pouco difundida
O Cenário atual do Brasil
O desmatamento no Brasil tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Segundo os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon o desmatamento na Amazônia atingiu 529 km² em abril de 2020, um aumento de 171% em comparação com abril do ano de 2019. O total desmatado em abril do ano passado é o maior dos últimos dez anos. Esses dados podem parecer assustadores a princípio, mas felizmente existem meios para tentarmos reverter esse problema que causa consequências devastadoras para o meio ambiente do nosso país e do mundo.
A recuperação de áreas degradadas é um dos princípios da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), entendendo-se por área degradada aquela que se encontra alterada em decorrência de ações antrópicas, sem capacidade de regeneração natural. A recuperação de áreas degradadas tem como objetivo propiciar a um ambiente degradado condições de reestruturação.
Como se dá essa situação e como revertê-la:
A degradação pode ocorrer por meio de atividades tais como mineração, agropecuária, queimadas, desmatamento. Quanto mais degradada uma área, menor será sua diversidade de espécies, bem como será maior a ausência de estrutura vegetal e ausência de solo, se tornando muito baixa sua capacidade de regeneração natural.
Após sofrer tal distúrbio, são perdidos também os meios de regeneração bióticos, como banco de sementes, fazendo com que tal área, além de desgastada, perca boa parte de sua capacidade produtiva. Ou seja, ações antrópicas são capazes de modificar o ambiente a tal ponto, que se torna necessária uma nova intervenção para reverter o atual estado de uma área degradada.
Entretanto, para se iniciar um projeto de recuperação de áreas degradadas, há que se considerar algumas questões pertinentes: deverá ser feito um estudo dos remanescentes florestais presentes nas áreas a serem reflorestadas, como exemplo um levantamento de espécies nativas; além de um estudo sobre as condições atuais da área e as possíveis causas da degradação.
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Em seguida, é escolhido o modelo de recuperação adequado de acordo com os objetivos pretendidos e das características próprias de cada área. A escolha pelo modelo depende de fatores como clima, solo, grau de degradação, disponibilidade de sementes e mudas, histórico da área.
A escolha do modelo de recuperação também deve levar em consideração as espécies a serem plantadas, tendo como exemplo as características da vegetação natural e características locais do ambiente.
Alguns exemplos são a construção de terraços, banquetas, implantação de espécies vegetais.
Outros exemplos são:
1. Condução da regeneração natural: uma técnica de restauração que ocorre pela sucessão secundária, bastando apenas o abandono da área a ser restaurada para que esta naturalmente se regenere. Atualmente é um dos métodos mais indicados para restauração florestal em Áreas de Preservação Permanente (APP).
2. Plantio por sementes: é um método de semeadura direta, recomendado como alternativa econômica de restauração, embora ainda apresente desempenho não satisfatório para algumas espécies.
3. Plantio de mudas: é menos viável economicamente, mas aumenta as chances de sucesso do desenvolvimento das plântulas, além de apresentar alta eficácia na restauração e no desenvolvimento de espécies vegetais e na atração de animais dispersores de sementes.
4. Formação de ilhas de diversidade (nucleação): áreas onde ocorre a disseminação de propágulos, responsáveis pelo aumento da diversidade em uma área que está passando por processo de recuperação.
A recuperação de áreas degradadas tem grande relevância na conservação dos recursos naturais, pois o reflorestamento consiste na vegetação que tem mais eficácia na proteção do solo contra a ação da erosão, além de assegurar recursos hídricos e abrigo e alimento para a fauna silvestre.
Alguns exemplos no Brasil de áreas degradadas que foram recuperadas com sucesso são o Parque ecológico da Tractebel, no estado de Santa Catarina, local onde antes funcionava um depósito de carvão mineral; e a restauração de pastagens e de grandes extensões de terra que foram desmatadas para o cultivo da palma.Ao considerarmos a possibilidade de recuperação de uma área degradada, devemos pensar na sucessão de todos os elementos que compõe aquele ambiente, como solo, flora e fauna, o que garantirá àquela área a capacidade de voltar a um estado de equilíbrio. Para saber mais sobre políticas ambientais e tudo mais sobre gestão de recursos hídricos nos siga em nossas redes clicando aqui!
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